domingo, 8 de novembro de 2015

Aloha!

“Oi, tudo bem? Fala de onde? O que faz em São Paulo? Os dois ao mesmo tempo? E não é daqui? Deve ser difícil se manter desse jeito, né? Trabalhar nessa área é bacana? Se eu gostaria de fazer algo nesse sentido? Sou suscetível a convites assim como tu, mas não quer apressar as coisas, confere?
E come tanto assim? Se meus pratos pesam a valer? Minha barriga treme a nível de terremoto quando pulo, isso te responde a pergunta? E você só viu agora? A política das aparências anda em baixa? Costumo optar pela sinceridade e devo acrescentar que ela pode ser um ponto forte seu, acertei? Os estudos tão fortalecendo sua mente?
Haveria melhor jeito de começar nossa conversa? Imagina, a gente conversa faz um tempo, pode dizer o que pensa, não é mesmo, cúmplice? Claro, também já matei alguns, mas não entram na conta, né? Não nesse sentido, de forma mais metafórica, tipo pular na piscina sabendo que não há água pra aparar a queda? Drogado?
A gente vive caindo e continua acreditando em muita coisa antiquada? Somos parecidos então? Tô quase acreditando em ti com essa história de matar os outros, daria uma boa história pra se contar ao vivo, né? Ah, destruidor de lares? Agora faz mais sentido?
Uma cerveja é clichê? Destilados? E bebe tanto assim? Persuasivo, eu? Se tenho 20? Minha atenção não foca só no que é esfregado na minha cara? Por isso? Me chamou de velho? E estranho no bom sentido? E eu sou o persuasivo aqui? Perdi muita coisa pra tentar conseguir algo? Então estamos falando no nível filosófico? Que bom que eu te entendo, né?
Podemos escrever um livro juntos? Esperteza não vem de berço? Mais o quê? E o silêncio mata? Cansando dessa vida? Açougue tem mais pele de qualidade? Os aplicativos são cruéis, não concorda? E demissão dessa vida não é considerável? Existe um estudo dizendo que signos explicam isso? Eles explicam nossa relação? Desde quando mudamos pra “relacionamento”? Tu nunca teve um e quer agora? Serei sua cobaia? Gosto de ler ao contrário e tu decide quando eu leio certo? Que afirmativo da tua parte, certezas não vendem no mercado? Senso comum tá aí pra provar isso, não?
A sensação de satisfação não vem mais dar as caras e tu já considera pedir pra entregar na tua casa? Bem, famílias costumam dar nos nervos como ninguém, né? Teu ex era pior? E olha que tu nunca namorou, correto? Mas podemos pensar no futuro próximo? Isso pode me dar idéias? Posso me dar a liberdade de cogitar isso? Tarde demais, não acha?
Então, vamos nos conhecer?”

“Não, não vamos, eu não gostei da sua aparência. Valeu pela conversa. Adeus e boa sorte, se precisar.”

  

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